terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010 - Futebol Paulista - Parte 3: Corinthians

Esse ano o Sport Club Corinthians Paulista completou 100 anos. Um clube movido à paixão de sua fanática torcida, que hoje possui quase 30 milhões de fiéis.
E no ano de seu centenário, os resultados dentro de campo não foram os esperados. Digo dentro de campo, porque fora dele, o clube inaugurou seu CT e anunciou a construção do estádio em Itaquera.  
Voltando aos resultados dentro de campo, muito marketing e expectativa cercaram o clube desde os títulos conquistados no 1º semestre de 2009, Paulistão (invicto) e Copa do Brasil (vaga na Libertadores, após 3 anos). O clima no clube era de euforia, já que conquistava dois títulos, logo no 1º ano de sua volta da série B e a classificação para a Libertadores. Após as conquistas, o clube relaxou no Brasileirão-09 e terminou a competição em 10º lugar.
Começa 2010 e a expectativa de títulos é grande, em minha opinião, não por ser o ano do centenário, mas por se tratar de uma equipe competitiva, que vinha jogando há quase dois anos com a mesma formação e com o mesmo treinador (Mano Menezes), algo raro na história do clube. O clube disputou três campeonatos: Paulista, Libertadores e Brasileiro.
Paulista: Desinteresse de jogadores e falta de foco.
O clube terminou o campeonato em 5º lugar, um ponto atrás do São Paulo, não conseguindo a classificação para a semifinal. Naquele momento, o único discurso, do presidente aos jogadores era a priorização da Libertadores, torneio que o time disputou apenas 7 vezes, mas que é tratado pela imprensa, parte dos torcedores e rivais como obsessão.
Libertadores: Detalhes e falta de planejamento efetivo aparecem.
O clube terminou a fase de classificação em 1º lugar, sendo o melhor time de todos os grupos. Após conquistar 16 dos 18 ptos disputados, o time chegou as oitavas de final cheio de moral e a torcida alimentava a esperança do título.
Eis que os detalhes começam a aparecer. O time enfrenta logo de cara, o Flamengo, atual Campeão Brasileiro e que mesmo não estando num bom momento, todos sabiam que não seria nada fácil.
*No Brasileirão o time era líder, jogando um futebol convincente.
No 1º jogo das oitavas no Maracanã, a chuva que caiu durante todo o primeiro tempo, tornou o jogo dramático e com poucas chances de gol para ambos os lados, terminado 0 x 0.
 *Primeiro detalhe: Mano deixa Jorge Henrique no banco e escala Danilo no meio campo.
*Segundo detalhe: Flamengo tem jogador expulso no final do primeiro tempo, mas Corinthians não aproveita.
Começa o segundo tempo, a chuva cessa e os dois times tentam jogar o que não jogaram  no primeiro tempo, o Corinthians com um jogador a mais em campo, quase marca com Moacir aos 5 min, mas Bruno defende.
*Terceiro detalhe: Moacir que havia errado gol aos 5 min, comete pênalti em Juan aos 20 min.
  Após o gol de Adriano em batida de pênalti, aos 20 min, o Corinthians sumiu em campo e não fosse Júlio Cesar em duas defesas o estrago teria sido maior.
Termina o jogo e o discurso dos jogadores é que ainda dá pra virar.
Os torcedores também acreditam.
No 2º jogo num Pacaembu lotado, o Corinthians foi pra cima e empurrado pela torcida, conseguiu dois gols no final do primeiro tempo, um gol contra de David e um gol de Ronaldo.
No segundo tempo, o Flamengo voltou mais ligado e marcou logo no começo com Vágner Love, após passe de Kléberson que entrara no lugar de Vinicius Pacheco.
*Quarto detalhe: Mano tira Elias para entrada de Jucilei e deixa Danilo “morto” em campo.
Após sofrer o gol que dava a classificação ao Flamengo, o Corinthians como em outras oportunidades pela Libertadores, ficou nervoso e não acertou mais nada. Com o passar do tempo a torcida já esperava o pior e após a última tentativa de Chicão que Bruno defendeu, começou a cantar o hino do clube.
O Corinthians estava eliminado da Libertadores no ano de seu centenário.
A torcida não se revoltou como em 2000 (Palmeiras) e 2006 (River Plate) e mostrou que começa a entender que pra ganhar esse torneio é preciso jogá-lo mais vezes.
Brasileiro: O peso da obrigação, Mano na Seleção e a “falta” de elenco.
Para a torcida, após a eliminação na Libertadores,  o time tinha obrigação de vencer ou pelo menos se classificar para a próxima Libertadores, mas muitos acreditavam no título, já que o time vinha jogando muito bem.
No primeiro turno, o time liderou de ponta a ponta junto com o Fluminense de Muricy.
No segundo turno sai Mano Menezes, que aceita convite para treinar a seleção Brasileira e entra Adilson Batista.
O time continua jogando bem, mas já não apresenta a consistência defensiva que apresentava com Mano, Adilson como todos sabem, gosta de jogar no ataque.
Junto com a instabilidade defensiva, chegaram os desfalques e aí o time mostrou que não tinha um grande elenco, como muitos pensavam. Dentinho, Ronaldo, William, Chicão, Alessandro e Jorge Henrique todos passaram pelo DM, a maioria deles ficando lá por mais de 10 jogos. Com isso, jogadores sem nenhuma qualificação começaram a aparecer no elenco, como: Souza, Iarley, Moacir, Defederico e Thiago Heleno. Com escalações horríveis, o time empata com o Ceará e perde para o Atlético-GO em casa e entra em crise.
Sanchez cedendo a pressão da torcida manda Adilson embora.
Após isso, o time oscila em mais alguns jogos, mas se recupera com a chegada de Tite e a volta dos principais jogadores.
Com a volta de Ronaldo, o time volta a jogar bem e nos últimos 9 jogos, consegue 5 vitórias e 4 empates.
Mas a campanha na reta final, não foi suficiente para levantar a taça e na última rodada o time ainda foi ultrapassado pelo Cruzeiro, terminando o campeonato em 3º lugar e tendo que jogar a pré-Libertadores para entrar na fase de grupos.
         Futuro: Manutenção do elenco e esperança renovada.
Em 2011, o Corinthians deve contratar alguns jogadores para suprir as saídas de Elias e William, além disso, deverá reforçar o ataque, que hoje conta apenas com Dentinho, Jorge Henrique e Iarley. Ronaldo que também está na lista de atacantes, jogou apenas 10 jogos no campeonato e já falou que precisa de um substituto, o fenômeno pretende se aposentar no final do ano. Esse substituto seria o Adriano, mas ele já falou que não sai  da Roma agora.
Carlos Ferreira é Corintiano, Maloqueiro e Sofredor.
 Seu twitter @carlosreduto

domingo, 26 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010 - Futebol Paulista - Parte 3: Palmeiras

Para falar do Palmeiras e da tão falada década perdida, convidei meu amigo Marco Néspoli, palmeirense fanático, frequentador assíduo das arquibancadas e futuro conselheiro do clube.

2010! O fim da década perdida.
Por Marco Néspoli

Final de 2010. Final da década perdida. Não tem como fazer uma retrospectiva do Palmeiras em 2010 sem analisar tudo que ocorreu nessa década e na anterior a essa. A falta de planejamento, o jogo sujo do poder, os interesses pessoais em detrimento aos interesses da instituição, tudo isso, junto ao EGO-ismo dos dirigentes, levou o clube ao ostracismo. Todos os nomes que dirigiram o Palmeiras nesse período de fracasso são os mesmos que ainda hoje tentam ‘mamar nas tetas’ do clube. Na verdade são os mesmos nomes e sobrenomes que estão no clube desde sua fundação em 1914, ora como situação – ora como oposição – como se fossem crianças mimadas brigando pra ver quem é o dono da bola.

Na década de 90 o Palmeiras chegou a finais em todos os campeonatos que disputou – Paulistão, Copa do Brasil, Rio-São Paulo, Brasileirão, Mercosul e Mundial. Essas finais foram disputadas em todos os anos, de 1992 a 2000, quando todo o planejamento era feito pela parceira. Nesse período, vitórias e derrotas memoráveis aconteceram. O título paulista de 1993 em cima do arqui-rival Corinthians (0 x 1 e 4 x 0), a eliminação nas quartas de final da Libertadores de 1995 contra o Grêmio (0 x 5 e 5 x 1),  a espetacular virada contra o Flamengo nas quartas de final da Copa do Brasil em 1999 e, pra finalizar, o Título da Libertadores da América em 1999.

Em 13 de Junho de 2001 o Palmeiras era eliminado nos penais, em pleno Palestra Italia, pelo Boca Juniors, nas semi finais da Taça Libertadores da América, após dois empates em 2 x 2; tinha então inicio a década perdida. Essa foi a última grande derrota do Campeão do Século XX, resquício ainda do planejamento da década anterior quando clube era administrado pela parceira. Nessa década o Palmeiras foi, apenas, duas vezes campeão. Campeão Brasileiro da série B em 2003 e Campeão Paulista em 2008. Colecionou ainda uma série de derrotas para equipes inexpressivas no cenário nacional como Paulista, Santo André, Ipatinga, Sport, Atlético GO e Goiás.

Pra finalizar a década perdida, em 2010 o Palmeiras terminou o Campeonato Paulista na 11ª colocação, atrás de equipes como Ponte Preta, Oeste, São Caetano, Portuguesa e Botafogo. Na Copa do Brasil foi eliminado pelo Atlético GO, na Copa Sulamericana foi eliminado pelo Goiás; terminou o Brasileirão na 10ª posição.

O Futuro
O torcedor do Palmeiras não aguenta mais tanto vexame e é o único que pode mudar os rumos do clube. Muitas mobilizações têm sido feitas em torno do voto direto para presidência e para isso o torcedor precisa se associar ao Palmeiras. Em janeiro de 2011 as eleições para a presidência do clube irão pegar fogo e Paulo Nobre, apesar de avisar que não é mágico, é o único candidato que tem em seu Plano de Governo a pretensão de que isso ocorra, além, é claro, de instituir a profissionalização de todos os departamentos do Palmeiras.

Torcedor, 2011 será o inicio de um ciclo vitorioso que fará o Palmeiras Campeão do Século XXI, por isso, se você deseja ajudar a hora é essa, associe-se. E você que já é sócio vote em quem quer o bem do Palmeiras e não nos que querem ser dono da bola.

*Marco Néspoli é candidato ao Conselho do Palmeiras pelo grupo Fanfulla.

Para conhecer mais e debater as propostas que ele tem, entre em contato via email ou msn: nespoli@gmail.com. Siga-o também no twitter @marconespoli.

Retrospectiva 2010 - Futebol Paulista - Parte 2: São Paulo

Seguimos com a retrospectiva 2010, hoje o assunto é o São Paulo e para escrever sobre o ano do tricolor paulista, pedi ajuda ao meu amigo Tiago Trindade, que conseguiu resumir muito bem o que foi o ano do tricolor.  

Aprender com os erros do passado para acertar no futuro.
Por Tiago Trindade

Essa é lição que o São Paulo e, principalmente a sua diretoria precisam levar de 2010.  Assim como o período de vacas magras entre 1994 e 2004, o clube acabou apostando suas fichas em seu estádio, deixando o futebol um pouco de lado. Situações políticas à parte, o Morumbi não foi escolhido, e o time agora acumula 2 anos sem ganhar um título. O que em minha opinião não é nenhum desastre.

O ano começou com boas contratações, porém desorganizadas – muitos jogadores para a mesma função -  com exceção de Alex Silva, uma das melhores contratações dos últimos tempos, e que merece um contrato vitalício com o time, pela sua entrega e paixão pelo clube.

O Campeonato Paulista passou, e o time do aspirante a técnico Ricardo Gomes não dava liga, mas na Taça Libertadores, aos trancos e barrancos, faziamos uma boa campanha. Com a contratação de Fernandão,  o time enfim encontrou um padrão de jogo e eliminou o favorito Cruzeiro. As esperanças para o tão sonhado tetra da Libertadores voltaram. Após a parada da Copa do Mundo, um “apagão” nos dois jogos, entregou de mão beijada não só uma vaga na final da Libertadores como a vaga para o Mundial, para o bom time do Inter. Triste, mas erramos, e Libertadores, se errar amigo, pode voltar pra casa.

No segundo semestre, o time continuava perdido em campo, e os últimos lugares na tabela do Brasileirão perseguiam com justiça o time do outro aspirante a técnico, Sérgio Baresi.
Com a tardia demissão de Baresi, Paulo Cesar Carpegiani retomou ao comando técnico do time, 11 anos depois. O time melhorou e com os gols do oportunista Ricardo Oliveira e a boa fase de jogadores como Lucas, Jean, Alex Silva, Carlinhos Paraíba, o São Paulo conseguiu melhorar, chegando a disputar uma vaga na Libertadores, mas não conseguiu. Justo. Um campeonato como o Brasileiro só consegue sucesso quem se organiza e se planeja, não foi o caso do São Paulo este ano.

Agora, depois de 7 anos fora, temos a Copa do Brasil pela frente, um campeonato importante sim, afinal me lembro de uma das minhas piores derrotas foi para o Cruzeiro na final de 2000, no Mineirão, gol do Giovani no último minuto.

2011 é um ano de renovação dentro de campo e fora dele também, em abril temos eleições e a não reeleição de Juvenal Juvêncio, é um importante passo, já que se eleito, Juvenal estaria mudando o estatuto do clube que não prevê mandatos seguidos para o mesmo presidente.

Enfim, temos que levar duas lições para 2011:
Primeira: o São Paulo não é time para treinar treinador.
Segunda: torcida e diretoria, precisam  ter calma e principalmente orgulho do time. Demoramos 75 anos para ganhar 3 Libertadores, como vamos ganhar mais 3 em 5 anos? Além disso, nem só de Libertadores vive um clube, o melhor time do mundo na atualidade, também foi eliminado da principal competição da Europa e nada foi mudado,  é só ver o que é o time do Barcelona hoje.

Que venha 2011, é hora de ir atrás do único titulo que falta e disputar os outros com a grandeza que sempre tivemos.

Jogamos para vencer, se perder que perca lutando!

Vamo São Paulo.
Tiago Trindade é São Paulino e nas horas vagas é publicitário e músico.
Seu twitter @ttrindade.

Retrospectiva 2010 - Futebol Paulista - Parte 1: Santos

Boleiros de plantão, começaremos a retrospectiva 2010 do futebol Paulista falando do Santos, que ganhou dois títulos no 1º semestre.

O autor do texto é o Carlos Constâncio, um dos poucos santistas que conheço.


Santos, campeão Absoluto desse ano
Por Carlos E Constâncio

Bom, venho aqui à convite do meu amigo Carlão escrever um pouco sobre o que foi o ano de 2010 do alvinegro mais famoso do mundo, meu querido Santos Futebol Clube. O ano do Santos começou diferente antes mesmo da bola rolar: após anos de gestão de Marcelo Teixeira, que resgatou o nome do Santos com o título de 2002, mas se perdeu em suas alianças políticas(principalmente com Luxemburgo), o Santos elege seu novo presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, mais conhecido como LAOR. Nova gestão é sempre uma incógnita: pode pecar pela falta de experiência, como pode resolver os problemas com a força de vontade renovada. Como veremos a seguir, Laor seguiu o segundo caminho.

Copinha: Para muitos o ano só começa com o Paulistão, mas o futebol brasileiro começa um pouco antes, com a Copa São Paulo de Futebol Júnior,a famosa Copinha.

E em 2010 o Santos chegou em sua primeira final já no primeiro torneio do ano. Na minha opinião, um pouco parcial, acredito que o time do Santos tenha sido melhor que o São Paulo na final, mas infelizmente eles acertaram um chute espírita no final da partida e levaram o título nos pênaltis. Mas mesmo perdendo pudemos ver mais alguns jogadores promissores, com grande destaque para Alan Patrick, que já está no profissional e é o provável substituto do Ganso(pode não ser gênio como PH, mas é melhor que muito meia que vem jogando só com o nome por aí). Observei mais dois jogadores de futuro: Wesley Santos, ótimo lateral, e o zagueiro Alemão, brucutu estilo Argel, todo time precisa de um desses.

Paulistão: Passada a Copinha, é hora dos times profissionais mostrarem a que vieram, testarem sua contratações e deixar todo mundo em forma para as competições mais importantes do ano. O termômetro disso tudo tem nome: Paulistão. Campeonato estadual mais difícil do país, O Paulistão parecia missão impossível para o Santos que não havia feito muitas contratações, mantendo a base do time que lutou contra o rebaixamento no Brasileirão 2009 com um agravante: a perda do goleador Kleber Pereira. Para surpresa de todos o Santos simplesmente passeou no Paulista, o time se acertou rapidamente: Arouca tornou-se um gigante na frente da defesa, lembrando os bons tempos do Maldonado, Wesley passou de atacante fraco à um segundo volante/lateral direito de muita qualidade, chegando muito bem à frente e marcando gols decisivos. Mas é claro que o grande destaque fica por conta do ataque fulminante formado por PH Ganso(gênio da bola), Neymar(marrento, mas craque acima de tudo), André(centroavante rápido, muito bom como pivô e grande precisão nos chutes) e Robinho, a única grande contratação do Santos, que mais maduro, ajudou Dorival a conduzir essa molecada com um único objetivo: ser campeão.Com goleadas memoráveis e duas surras no São Paulo nas semifinais o Santos passeou no Paulista até a grande final contra o Santo André, adversário que já havia sido goleado pelo Santos mas que lutou bravamente pelo título e quase fez meu coração pular do peito. Dorival que havia surpreendido à todos com um futebol ofensivo, passou por grande sufoco quando justamente tentou fazer igual a todos os técnicos: quis retrancar o time e segurar a vantagem.E isso proporcionou a cena mais marcante pra mim no ano: PH Ganso ao ver seu número na placa de substituição e sabendo da sua qualidade em segurar a bola, simplesmente diz:”Não vou sair! Vou ficar, tira o André!”. E Dorival atendeu. E não adiantou a torcida de São Paulo, Corinthians e Palmeiras contra. O Santos foi campeão com Ganso segurando a bola e dando chapéus nos adversários. Nascia assim um craque da dar orgulho em qualquer torcedor. Confesso que lágrimas caíam do meu rosto enquanto eu dizia: “Esse cara tem que ir pra Copa!Isso que é jogador de verdade!”.

Copa do Brasil: Paralelamente ao Paulista, o Santos ia massacrando seus fracos adversários na Copa do Brasil também, como não lembrar dos 10x0 em cima do Naviraiense e os 8x1 em cima do Guarani. Jogo difícil mesmo só à partir do Atlético-MG nas quartas e Grêmio na semi. O Santos sofreu com os artilheiros Tardelli e Borges, mas a lição foi aprendida no Paulista: retroceder jamais. E os meninos da Vila conseguiram administrar muito bem as vantagens, fazendo muitos gols fora(Atlético-MG 3x2 Santos e Grêmio 4x3 Santos) e garantindo o resultado em casa(duplo 3x1). Chegada a grande final contra o Vitória e dessa vez foi mais tranqüila: 2x0 em casa e boa vantagem pro jogo de volta. O gol de Dracena no segundo jogo praticamente sacramentou o título, pois o Vitória precisaria de 3 gols, conseguiu somente 2(um no final da partida). E o Santos é campeão de novo e o Brasil todo se rende ao futebol ofensivo do time de Dorival Júnior.

Brasileirão e Sulamericana: Infelizmente, como todo time que se destaca, o Santos sofreu baixas em seu elenco: Wesley e André foram vendidos para Europa e Robinho retornou do empréstimo. Mas as piores perdas vieram por outros motivos: a contusão do maestro PH Ganso e a demissão do técnico Dorival Júnior. Ganso foi uma fatalidade, mas a demissão de Dorival foi talvez o único erro da nova diretoria esse ano. O Brasil todo é unânime na opinião de que a punição a Neymar deveria ser mantida: o Santos não tinha muitas ambições no Brasileiro e já estava classificado para Libertadores, então que falta faria alguns pontos perdidos? No final perdemos os pontos e um dos melhores técnicos brasileiros. Sem PH e Dorival e com Keirrison não vingando como dupla de Neymar, o time ficou sem foco e sem referência, não passando de mero coadjuvante no Brasileirão e na Copa Sulamericana.

2011: A torcida santista já está empolgada para 2011, com a manutenção de Ganso e Neymar e mais a chegada de Elano, o Santos tem tudo para ser protagonista de todas as competições no ano que vem. A torcida é para que Keirrison volte a ser o artilheiro do Coritiba e Palmeiras e que o Santos consiga encontrar um bom nome para formar o quadrado do meio com Arouca, Elano e Ganso. Com um grupo relativamente tranqüilo na Libertadores, a única preocupação é com o técnico. Adilson Batista não é nem de longe a opção que escolheria, preferia um Abel Braga, Muricy, Paulo Autuori, Dorival, ou até mesmo o PC Gusmão. Mas independente de qualquer coisa estarei torcendo, pois sou “Santos no peito e na alma, no grito e nas palmas”.

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