sábado, 7 de julho de 2012

Corinthians Campeão: Libertadores da América 2012


Quando Ralf, aos 48min do 2º tempo, empatou o jogo contra o fraquíssimo Deportivo Táchira-VEN na estréia da Libertadores, o corintiano sentiu que poderia ser um ano diferente.
Mesmo sendo apenas um empate e contra um dos piores times da chave, todos comemoraram muito, como se o time tivesse vencido o jogo. Mas, mais importante que o empate no final do jogo, foi a sensação de união passada pelo elenco. Essa união, aliada ao comprometimento de cada jogador foram fatores-chave para a conquista inédita.
Na estréia em casa, o time bateu o fraco Nacional-PAR por 2x0. Gols de Danilo e Jorge Henrique. O time não jogou bem, mas começou a mostrar o mesmo padrão de jogo do final do campeonato brasileiro.
No terceiro jogo, o mais difícil da primeira fase, o time fez bom jogo contra o Cruz Azul no México e segurou o empate por 0x0.
No quarto jogo, Danilo marcou contra o Cruz Azul e o time chegou à liderança do grupo.
No quinto jogo, mais uma vitória, agora contra o Nacional, no Paraguai. Emerson, Jorge Henrique e Elton marcaram os gols que deram a vitória por 3x1.
No sexto jogo, a goleada de 6x0 sobre o Deportivo Táchira deu ao time o 1º lugar do grupo e o 2º lugar na classificação geral, ficando atrás do Fluminense.
Nas oitavas de final, o time enfrentou o Emelec-QUE. Empate na ida 0x0 e 3x0 na volta classificaram o time às quartas. Fábio Santos, Paulinho e Alex marcaram os gols. O time havia fracassado nas últimas quatro vezes que chegou às oitavas.
O Vasco foi o adversário nas quartas de final. Após jogo duro e travado no Rio de Janeiro, o time trouxe um empate 0x0. A decisão estava totalmente aberta para a volta.
Na volta mais um jogo equilibrado, o Vasco marcava bem e assustava nos contra-ataques. O jogo esquentou no segundo tempo e os times começaram a criar algumas oportunidades. Na melhor chance do jogo, Diego Souza roubou a bola de Alessandro, avançou sozinho por todo campo de ataque, e quando bateu rasteiro no canto, Cássio defendeu. A bola defendida por Cássio será lembrada para sempre na memória do corintiano. O jogo continuou 0x0 até os 43min, quando Paulinho subiu de cabeça e marcou um belo gol, classificando o time para a semifinal contra o Santos.
Contra o Santos de Neymar, Ganso, Muricy e Cia, o time fez seu melhor primeiro tempo no mata-mata. Dentro da Vila Belmiro, o time marcou bem os homens de criação e Neymar. De quebra, após jogada de Paulinho pela direita, Emerson dominou dentro da área e mandou no ângulo marcando um golaço. A vitória com consistência conquistada na Vila e contra o atual campeão deu muita confiança ao time. Na volta o time jogou ainda melhor, e mesmo saindo atrás do placar, teve mais chances que o Santos. No segundo tempo, Danilo empatou logo no início, e após o gol o time controlou o jogo. Ganso e Neymar ficavam pelo caminho e o Corinthians chegava à sua primeira final de Libertadores.
A final foi contra o Boca Juniors, time mais temido pelos clubes brasileiros. Seis vezes campeão da competição. Três vezes levantou a taça atuando em solo brasileiro.
O Corinthians mesmo disputando sua primeira final chegava muito forte. Cássio passava muita segurança ao time. A defesa era a menos vazada da competição e do meio pra frente, Paulinho, Danilo e Emerson estavam dando conta do recado.
Na primeira partida atuando na Argentina, o time deu muito espaço ao Riquelme e quase voltou com a derrota na bagagem. Um resultado negativo mesmo atuando fora de casa poderia ter sido decisivo para a perda do título. Mas Romarinho saiu do banco de reservas e em seu primeiro toque na bola, encobriu o goleiro Orion para sacramentar o empate por 1x1. Os jogadores do Boca sentiram o gol e o abatimento deu mais confiança ao Corinthians para a segunda partida.
Na partida decisiva, o Boca começou melhor tocando a bola no campo do Corinthians, mas antes dos 15min o duelo já estava equilibrado. Emerson infernizava a defesa Xeneize e o Corinthians jogava de igual para igual com o bicho-papão da Libertadores. Após um primeiro tempo fraco, o Corinthians voltou mais ligado e concentrado para o segundo tempo. Logo aos 8min, após confusão na área, Danilo tocou de calcanhar para Emerson que dominou e bateu pra fazer 1x0. O Boca sentiu o gol e começou a mostrar nervosismo, além do cansaço que era visível. Riquelme, o craque argentino se arrastava em campo. O Corinthians começou a tocar a bola e não foi ameaçado pelo adversário. Aos 27min, Emerson aproveitou a falha do experiente e cansado Schiavi roubou a bola e na saída do goleiro marcou 2x0. Após o segundo gol o jogo acabou. O Corinthians controlou o jogo até o apito final.
Acabava ali o sofrimento de uma nação. O Corinthians dos Paulistas, das Copas do Brasil, dos Brasileiros e do Mundial, conquistava enfim, a Taça Libertadores da América.
Méritos para a diretoria. Manteve Tite, mesmo após o vexame da eliminação para o Tolima na pré-Libertadores em 2011.
Méritos para Tite. Montou uma equipe competitiva, com um sistema defensivo sólido e funcional.
Méritos para o goleiro Cássio. Entrou contra o Emelec e tranqüilizou o time e a torcida, ambos estavam apreensivos após as falhas de Júlio César.
Méritos para o lateral Alessandr. Criticado por boa parte da torcida, principalmente, pela falha contra o Vasco nas quartas, se recuperou e jogou com muita raça e concentração contra Santos e Boca.
Méritos para Leandro Castán. Um dos destaques do time. Não perdeu nenhuma disputada de bola desde as oitavas. Além disso, desafogava a defesa saindo jogando com muita qualidade.
Méritos para Chicão. Zagueiro e capitão. Jogou simples, quase sempre dando chutão.Chegou em 2008 na 2º divisão, conquistou títulos e agora fecha com chave de ouro seu ciclo.
Méritos para Fábio Santos. Lateral desacreditado, jogou quieto, marcou, atacou, fez gol. Surpreendeu atuando com qualidade no setor defensivo.
Méritos para Ralf. O melhor camisa 5 do Brasil. Incansável, peça fundamental para sustentar o sistema defensivo.
Méritos para Paulinho. Ótimo segundo volante. Marcou e saiu pro jogo. Decisivo contra Vasco, Santos e Boca. Contra o primeiro, marcou no fim do jogo, contra os outros dois deu passes perfeitos para conclusão das jogadas.
Méritos para Danilo. Experiente, comandou a equipe na maioria dos jogos. Mesmo nas partidas em que não foi bem, foi decisivo. Marcou gols, ajudou a defesa, liderou o time.
Méritos para Alex. Muito questionado no inicio do torneio, mas que sem a “sombra” de Douglas foi melhorando e foi importante, principalmente, após a implantação do esquema sem centroavante. O jogador jogava centralizado, entre Emerson e Jorge Henrique. Dos seus pés saíram os gols de Paulinho, contra o Vasco e Danilo contra o Santos.
Méritos para Emerson. Decisivo na campanha. Marcou um golaço contra o Santos na Vila. Fez a jogada do gol de Romarinho contra o Boca. E pra fechar, marcou os dois gols da decisão.
Méritos para o “grande” Jorge Henrique. Marcador implacável auxiliou também na transição do meio para o ataque.
Méritos para Romarinho. Recém contratado, entrou contra o Boca e no primeiro toque na bola empatou o jogo.
Méritos para a torcida que esteve ao lado do time e do técnico durante toda a competição, fazendo do Pacaembu um verdadeiro caldeirão.

Parabéns Sport Club Corinthians Paulista!

Campeão da Libertadores da América 2012!

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