Foto: Paulo Fonseca/Futura Press
Amigos do Diga, depois de um longo tempo de recesso, aqui estou eu para falar sobre o Glorioso Alvinegro Praiano. Na noite dessa quinta-feira o Peixe foi até Minas encarar o líder do Brasileirão. E como todos já esperavam, o jogo foi completamente dominado pelo Galo Mineiro, que venceu por 2x0 graças à arbitragem terrível que anulou dois gols legítimos dos mineiros, evitando vergonha maior para a torcida santista.
Mas do que falar da derrota de hoje, acho que vale uma análise mais completa sobre a situação atual do Santos. Sem peças para compor o meio-campo e o ataque, Muricy armou a boa e velha retranca com 3 volantes no meio. Mas para esse sistema funcionar, precisaria de bons laterais no apoio, mas Leo e Bruno Peres não dão conta do recado, ou um ótimo meio-campo, coisa que Felipe Anderson está longe de mostrar ser, pois fica o jogo todo escondido na ponta esquerda, fugindo do jogo.
Diante dessa falta de opções no ataque, que talvez dê uma melhorada com a volta do Bernardo e a chegada do "Patito" Rodrigues, a armação de jogadas fica nos pés dos volantes Henrique e Arouca, que são ótimos volantes de marcação, mas não têm uma qualidade de um Paulinho ou Marcos Assunção no passe. Então o Santos fica perdido em campo, pois consegue tomar bem a bola, mas a entrega com a mesma facilidade quando passa da linha central.
Sofremos com desfalques? Sim, sofremos. Com certeza o time seria outro com Galhardo na lateral direita, Ganso e Bernardo pelo meio e Neymar no ataque. Talvez até Miralles e Bill rendessem no ataque bom boas bolas recebidas. Mas o fato é que não podemos chorar o leite derramado. E discordo do presidente Laor, faltou planejamento sim, todo mundo sabe que para jogar o Brasileiro é necessário um bom elenco e não somente um bom time. Alega-se que os times estão pedindo muito, mas então como o Bahia trouxe o Kleberson? Como o Sport consegue trazer Cicinho e Ciro?E o Figueirense com o Loco Abreu? Então alguma coisa está muito errada com as finanças do Santos. Perdemos o Martinez, que eu já tinha destacado aqui no blog como um ótimo meia-atacante, porque não quisemos pagar um salários de pouco mais de R$200 mil, sendo que nos livramos de quase R$2 milhões na folha com as saídas de Alan Kardec, Borges e Elano. Acho que a diretoria deve muitas explicações aos torcedores.
Excesso de contusões, problemas financeiros, discussão via imprensa entre diretoria, jogadores e técnico. Tudo isso tem criado um ambiente bem propício ao rebaixamento. Já estamos na zona da degola e sem reforços à vista, somente Rafael Moura deve chegar, mas como falei anteriormente o problema não é no ataque e sim no meio, não tenho uma expectativa de melhora à curto prazo e começo realmente a fica bem preocupado.
Mas para não ficar só no pessimismo, vamos a algumas ações que podem ajudar a melhorar a situação:
- Quanto ao dinheiro, não adianta o Santos insistir em tentar contratações "gratuitas", pagando somente o salário do atleta. Ninguém mais quer aceitar esse tipo de negócio. Precisamos procurar parceiros ou vender algum dos meninos da base.
- Está mais do que claro que com esse sistema tático, não tomamos gol, mas também não fazemos. Talvez Muricy deva considerar armar o time com 3 zagueiros, dar plena liberdade para Juan como ala na esquerda e talvez improvisar o Felipe Anderson na ala direita, já que ele adora ficar escondido por essa região mesmo.
- Outra alternativa para Muricy é esquecer o papo de queimar os jovens da base e investir neles. Coloca Victor Andrade para jogar desde o começo, o moleque tem sido o responsável pelas principais jogadas do time quando entra em campo. Talvez seja a hora de dar uma oportunidade para o Pedro Castro também, já que ele é um meia-armador, exatamente o que tá faltando ao Santos nesse momento. Em 2009 o Santos também lutou contra o rebaixamento, no time que tinha Neymar e Ganso e nem por isso eles foram queimados, então essa história não passa de besteira.
Fico na esperança de dias melhores, mas a cada jogo fica mais difícil de acreditar...
Carlos Constancio
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