domingo, 15 de abril de 2012

Santos, orgulho brasileiro há 100 anos - Parte 1



Amigos do Diga, nesse sábado 14 de Abril de 2012 o Glorioso Alvinegro Praiano completou 100 anos de existência e uma data tão especial não poderia passar em branco por este blog. Nessa primeira parte falarei um pouco sobre a parte da história que não pude acompanhar em tempo real, somente por vídeos e depoimentos já que não era nascido. A segunda parte será um relato mais pessoal deste blogueiro que vos escreve, tratando do último quarto dessa bela história.

O início: A história do Santos já começa curiosa, pois o time foi fundado exatamente no mesmo dia do naufrágio do Titanic(14/04/192). Poderia ser um mau presságio, mas foi somente uma infeliz coincidência. Inicialmente o uniforme não seria o alvinegro e sim azul, branco e dourado. Felizmente a falta de recursos fez com que os fundadores optassem pelo manto preto e branco que conhecemos hoje.

Pelé: A história de glórias do Santos começa a ficar mais evidente em 1956 com a chegada daquele que seria o maior jogador de futebol de todos os tempos e atleta do século XX. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foi trazido por Waldemar de Brito ainda adolescente ao Santos e apenas 2 anos depois já estava marcando gol na final da Copa de 58. Santos e Pelé são tão próximos que é impossível não misturar uma história com a outra. Pelé marocu 1.091 gols pelo Santos e também colecionou histórias curiosas como o zagueiro que foi vaiado pela própria torcida por salvar o que seria o milésimo gol do Rei na Bahia e o campeonato Paulista de 1973 com título dividido com a Portuguesa porque o árbitro Armando Marques perdeu as contas na disputa de pênaltis. Mas com certeza os dois momentos mais marcantes pelo Santos foram o milésimo gol, marcado no Maracanã de pênalti(com direito a zagueiro cavando um buraco pra atrapalhar) e a sua despedida em 1974 no jogo contra a Ponte Preta, quando sem mais nem menos recebeu um passe no meio-campo, pegou a bola com as mãos, ajoelhou-se e abriu os braços levando o estádio todo às lágrimas. Em ambas situações, o jogo parou, não existia regra, juiz, Fifa, nada, absolutamente nada que pudesse estragar o desejo do Rei do Futebol e é por essas e outras cenas que ninguém JAMAIS será maior do que Pelé.

O maior time de todos os tempos: Com Pelé, o Santos viveu seu auge nos anos 60, formando aquele que seria o maior time de todos os tempos, base da seleção brasileira tricampeã do Mundo e que contou com craques como: Pelé, Pepe, Coutinho, Clodoaldo, Carlos Alberto Torres, Mengálvio, Gilmar, Zito, Edu. Foram mais de 30 títulos oficiais, entre eles 5 Taças Brasil(hoje reconhecida como o campeonato Brasileiro da época), 2 Libertadores e 2 Mundiais de Clubes. Mas mais do que os títulos, o Santos de Pelé mostrou ao mundo a beleza do futebol brasileiro, o êxtase do drible imprevisível e a genialidade de um  jogador muito acima de qualquer outro que já existira. Goleadas inesquecíveis contra times brasileiros(a maior delas um 11x0 contra o Botafogo-SP com direito a 8 gols de Pelé) e vitórias consistentes contra os times europeus e sul-americanos, tanto em torneios amistosos como nas finais da Libertadores(título sobre o Peñarol em 62 e Boca Júniors em 63) e dos mundiais de clubes(contra o Benfica de Eusébio em 62 e o Milan em 63), foram a marca desse time.

Surgem os Meninos da Vila: Após a aposentadoria do Pelé, o Santos viveu um hiato de títulos e a dificuldade em conseguir um bom time só acabou em 1978, quando finalmente surge o termo "Meninos da Vila". Na época o técnico do Santos era o ex-jogador Formiga, que montou um time com jovens promessas(que ele chamava de seus meninos, por isso o nome Meninos da Vila) que se encaixaram perfeitamente, formando uma equipe de alta velocidade e jogadores leves, aonde se destacavam Pita, Juary, Nilton Batata entre outros. Embora tenha sido por pouco tempo, aquele time de 78, que foi campeão Paulista, matou a saudade dos torcedores santistas de ver um futebol rápido, abusado e ofensivo, características marcantes do clube da Vila Belmiro.

Após esse título, ainda vencemos o  Paulista de 1984 com um time que não era tão brilhante quanto os anteriores, mas possuía grandes jogadores como Serginho Chulapa, Paulo Isidoro e Rodolfo Rodrigues(quem não se lembra daquela sequência espetacular de defesas contra o América de Rio Preto?). Depois de 1984, entramos na fase negra do Santos, com um jejum de títulos importantes que durou 18 anos. Mas isso é assunto justamente para a segunda parte da homenagem do blog Diga Futebol ao centenário do Santos.

"Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter"


Carlos "Mickey" Constancio


Fontes:
http://www.gazetaesportiva.net
http://www.santosfc.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santos_Futebol_Clube#Continentais
"Santos, 100 anos de Futebol Arte" - documentário de Lina Chamie


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blogroll

About

Blogger news