terça-feira, 26 de julho de 2011

Olê, olê, olê, olê! Telê, Telê!

Ouvi uma frase dias atrás e achei interessante.

“dentre as coisas menos importantes, o futebol é a mais importante delas”

Para uns esta frase pode até fazer sentido, porém para outros podemos dizer que isto é uma heresia. Principalmente para pessoas que fazem do futebol a sua vida ou vice versa.

Dentre tantos assim, uma pessoa que fez do futebol a sua vida, foi Telê Santana, ou - principalmente para os São Paulinos - Mestre Telê Santana.

Se vivo, hoje o mestre estaria completando hoje 80 anos de vida, onde pelo menos 60 deles dedicados ao futebol.

Telê começou sua carreira jogando pelo Itabirense Esporte Clube e depois jogou no América de São João del-Rei de onde saiu para jogar no Fluminense.

Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta.

Após encerrar a carreira como jogador, foi aproveitado como técnico e acabou marcando uma época de glórias e estigmas.

Começou na categoria de juvenis (atual juniores) do Fluminense e depois passou por grandes clubes Brasileiros, como Grêmio, Palmeiras e Atlético Mineiro até chegar a Seleção.


Ídolo por onde passou, consagrou o futebol arte na Seleção Brasileira, mostrando que ser campeão somente não bastava, era preciso tornar cada partida um momento inesquecível.

Obstinado em recuperar a imagem que consagrou internacionalmente o futebol brasileiro, lutou até onde pode para provar que um time técnico e bonito de se ver podia ser vencedor. E conseguiu.

Enfrentou a violência dentro dos campos, a má qualidade dos gramados, os erros e o descaso da arbitragem nacional e guerreou uma batalha particular para que o futebol brasileiro reencontrasse seu rumo dentro e fora das quatro linhas.

Infelizmente foi eliminado das copas de 82 e 86 e acabou adquirindo por parte da imprensa a fama de “pé-frio”.

Mas foi no São Paulo Futebol Clube que ele acabou de vez com a tal fama e também foi onde viveu os melhores anos da sua carreira como treinador, conquistando muitos títulos pelo clube.

Chegou ao tricolor paulista em outubro de 1990 - para substituir o técnico até então Pablo Forlán, ídolo da torcida como jogador.

Com uma visão particular de futebol, formada nos muitos anos de trabalho no futebol, em que não acreditava em "ganhar por ganhar" ou "ganhar a qualquer custo", era um intransigente defensor de um futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos campos.

Dedicou-se ao Tricolor de corpo e alma. Até mesmo morou no CT do clube.

Existem histórias de que Telê era tão perfeccionista e dedicado, que cuidava desde a qualidade do gramado do campo de treinamento até onde os jogadores estavam gastando seu salário.

Sempre ouvi histórias como, por exemplo; de que o Cafu, lateral pentacampeão da Seleção, quando chegou ao são Paulo, não sabia cruzar a bola direito. Deu-se então que o Telê colocou o Cafu para ficar treinando cruzamentos sem parar até aprender.

Também existem histórias de que quando um jogador tinha dificuldades com algum fundamento de futebol, ele o colocava para repetir até aprender a fazê-lo direito.

Dizem até que às vezes ao invés da bola de futebol, os jogadores utilizavam bolinhas de tênis, porque segundo o Telê, “Se você conseguir ter o controle de uma bola menor, com a bola maior seria muito mais fácil”

Passo a passo, Brasil e América se renderam ao trabalho do treinador perfeccionista. Em pouco tempo o mundo tinha três cores e era de Telê.

Em Tóquio, superando o grande Barcelona (por 2 a 1) dez anos depois da fatídica queda da Seleção Canarinho na Copa do Mundo da Espanha, Telê se consagrou campeão mundial.

Mas não parou por ai. Em 1993, levou o São Paulo à soberania na América vencendo a tríplice coroa continental: a Taça Libertadores, a Supercopa e a Recopa.

No Japão, ao fim do ano, após bater outro super-time europeu (o Milan, por 3 a 2), Telê entregou ao mundo uma obra prima, Conquistou a Quádrupla Coroa Internacional com a conquista da Copa Intercontinental. Uma obra de arte bicampeã mundial.

A Ligação de Telê Santana com a torcida São Paulina é tão forte, que às vezes parece ser coisa predestinada ou algo assim.

Muricy Ramalho, que foi tricampeão Brasileiro seguido pelo São Paulo e é um dos maiores ídolos da torcida, foi “pupilo” de Telê Santana na década de 90 na chamada “Era Telê”.

São por estas e outras, que Telê se transformou em "Mestre Telê", no time do São Paulo

Com justiça, a torcida adotou o prenome "Mestre", entoado até os dias de hoje em saudosa reverência e admiração.

Como torcedor do São Paulo, eu não posso deixar de relatar a emoção e a sensação indescritível que é ouvir o coro entoado pela Torcida no Sacrossanto estádio do Morumbi;


Telê foi, é, e sempre será lembrado pela torcida e pelo São Paulo Futebol Clube.

Para sempre, Mestre Telê Santana da Silva.

#TelêEterno




Meu nome é Diogo Elias e o meu time do coração é o São Paulo Futebol Clube.

Até a próxima.

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