27 de janeiro de 2011. Um dia após o 1º- confronto do Corinthians na Libertadores:
Ontem escrevi o texto logo após ter chegado em casa ainda no calor da partida, não que nele não tenha algumas das minhas verdades, tem sim, mas talvez não todas. Pensando sobre o texto acho responsabilizei por demais os jogadores e não apontei o que considero importante quanto à postura do time, que fica a cargo do técnico Tite.
No primeiro tempo da partida o que posso dizer que vi de muito positivo foi a marcação no campo do adversário, tendo assim a retomada da bola muito rápida para partir para um novo ataque, essa marcação exige dos jogadores um desgaste maior, e obviamente não se pode usar a todo o momento, mas usar como arma constante no primeiro tempo foi uma boa atitude do Tite.
Mas também vejo que este foi um dos, ou mesmo o único, ponto positivo do técnico. Se acho que os jogadores não estão demonstrando vontade, o péssimo posicionamento do time faria os jogadores correm muito mais, e isso a maioria de nós concorda que não aconteceu.
O treinador Tite armou a equipe no 4-2-3-1, tão utilizado e vencedor com Mano Menezes, com:
Alessandro, Chicão, Leandro Castan, Roberto Carlos;
Jucilei e Ralf;
Jorge Henrique, Bruno Cesar, Dentinho;
Ronaldo.
E eu achava que isso poderia melhorar o rendimento da equipe, o que não aconteceu, muito eu credito ao mau posicionamento das peças.
Um deles é a postura principalmente defensiva dos “meias” abertos, Dentinho e Jorge Henrique. Ponto forte desse esquema é reforçar a marcação pelas laterais do campo, e para isso esses dois jogadores devem acompanhar os laterais adversários até o fim do campo, para que os volantes, Jucilei e Ralf, não tenham que se deslocar demais para as laterais do campo, assim cobrindo bem o meio de campo, e o time estar postado mesmo com inversões no lado do ataque, ou seja, que fiquem ali como limpadores de pára-brisa à frente da zaga dando combate e se deslocando a curtas distancias.
Outro ponto muito fraco do nosso time, esta na figura do armador da equipe, Bruno Cesar. Esse jogador não tem como característica principal organizar a equipe, portanto é fundamental que Jucilei ajude a conduzir a equipe ao ataque, e para isso não pode errar tantos passes como ontem, mas é também fundamental que os “meias” abertos e os laterais trabalhem juntos para trazer o time ao ataque, o que não aconteceu de forma sistemática. Sendo assim Bruno Cesar, jogador importante que é, não vai ficar em campo ocupando a posição central do meio do campo e não fazer nada, ele deve encostar em Ronaldo, para com ele tabelar, criar oportunidades, inverter de posição, enviar bolas para que os pontas infiltrem na defesa adversária, e principalmente, CHUTAR no gol de media distancia, que ele faz tão bem. E não deve ser deslocado para as laterais do campo, como fez Tite, porque assim mata seu o futebol, e já vimos isso com o técnico anterior Adilson.
Ainda no assunto do camisa 10 da equipe, se o técnico julga que o Bruno não deve continuar em campo, não pode usar o excelente Jorge Henrique para armar o jogo, sendo assim prefiro que dêem uma injeção de adrenalina em Danilo e o ponha para jogar, porque acho este é a única peça que pode executar a função de armar do time, mesmo achando que não de forma plena, mas é o que temos.
Assim acho que o treinador deve posicionar a equipe no 4-2-3-1, mas já começo a repensar se essa é melhor forma de armar o time. E teria como opção mais constante que jogue no 4-3-1-2, como foi contra a Portuguesa. Colocando Paulinho no lugar de um dos atacantes. E ai teremos uma decisão difícil de ser tomada, quem sai? Jorge Henrique não esta demonstrando todo seu potencial técnico ultimamente, Dentinho ontem não driblou, e nem tentou, nenhum adversário pelas pontas, e Ronaldo vem ladeira abaixo. Quem tirar confesso que não saberia, portanto qualquer um que seja acho que valeria a pena tentar, porque a decisão não esta entre jogadores que estão jogando muito bem, e sim o contrario.
Com essa outra proposta de formação, acho que ganharíamos força no meio de campo e mais um homem, Paulinho, para ajudar Jucilei a conduzir o time ao ataque, e deixaríamos Ralf na posição que parece se sentir mais a vontade, na cabeça de área. Assim como, armaríamos o time para o contra ataque, já que criação não esta sendo o nosso forte mesmo.
Felipe Xavier Pelin é corinthiano e gosta desse negócio chamado Futebol.
Seu Twitter é @felipexpelin
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